terça-feira, 30 de setembro de 2008



Viva o sexo oral!
Por *Adriano Silva


Não consigo entender homem que não gosta de fazer sexo oral na mulher. É um pouco como não gostar de chocolate, de sorvete ou de pizza. Conversar bem de pertinho com a xoxota (não me leve a mal, é um termo querido e carinhoso) da mulher amada é um desses prazeres absolutos, que deveriam pairar acima das diferenças de gosto individuais, entrar no currículo de todas as escolas de ensino médio, constar na Constituição dos países como um direito inalienável - e, ao mesmo tempo, um dever cívico - de qualquer cidadão que se dê ao respeito.
A única explicação que encontro para a inapetência bucal de alguns homens - minhas condolências para o marido ou namorado que pertencem a essa estirpe - é que, no fundo, eles não gostam de mulher. São homens que se dizem heterossexuais e românticos, mas não amam de verdade o delicado e poderoso universo feminino. São sujeitos metidos a machões que no fundo gostam mesmo é de pêlos, músculos e testosterona. Se fossem romanos, viveriam nas termas com seus colegas centuriões, caçoando das mulheres, cercado de jovens mancebos seminus.
Acredito que homens assim costumam considerar as mulheres seres inferiores. Têm nojo de vagina. Sentem asco das umidades. das reentrâncias, das texturas, das sensacionais frangâncias do corpo feminino. E enxergam submissão no ato de colocar a boca na genitália alheia. Por isso adoram ganhar sexo oral, mas dariam um testículo para não retribuir de jeito algum. E não raro fazem questão de ganhar o seu em pé, obrigando a mulher a se prostrar de joelhos à sua frente. gozam mais com essa falsa sensação de poder e dominação do que com qualquer outra coisa. Um desbalanço, uma injustiça e um contra-senso contra os quais esta coluna se insurge indignadamente.
Eu sei, muitas mulheres, mesmo as modernas e independentes, ainda não se sentem completamente à vontade na hora de receber esse carinho. Aliás, de tão tensas, apreensivas e constrangidas, mal conseguem relaxar, curtir e sentir prazer. É o seu caso? Vamos lá... Você tem muito a ganhar perdendo a vergonha, sabia? Pare de achar que suas fendas, orifícios, curvas retas e mucosas não são um bom lugar para um sujeito passear com a sua língua. Eles são o paraíso! Posso garantir isso a você.
Não há nada mais encantador e saboroso, para o homem que sabe o que quer, do que a vulva, o clitóris, os aromas hormonais, a greta rósea, os pelinhos perfumados e sedosos. afundar os lábios, o nariz, o queixo, o rosto inteiro nesses desvãos e esconderijos é a expressão máxima da excitação masculina, da doce entrega de um homem aos mil prazeresque só uma mulher pode proporcionar. Poucas sensações no mundo são tão boas quanto baixar a calcinha da namorada, acredite. Sentir o cheiro quente e o toque macio daquelas carnes túrgidas e privadas, da intimidade alheia se abrindo inteira para você. Beijar com vagar e volúpia os pequenos e grandes lábios, carnudos, reluzentes, intumescidos. Lambuzar-se por inteiro nos líquidos cristalinos que só um gineceu pronto para o acasalamento sabe produzir - e sorver o seu gosto ímpar, raro, inesquecível.
Sexo oral é sofisticação do paladar, iguaria gastronômica, refinamento de olfatoe de todos os sentidos. Sexo oral é quitute, é biju, é bouquet, é comida fina - não pode ser tabu. Sexo oral é coisa de quem sabe viver. De quem é feliz e gosta de fazer feliz. Sexo oral é bom de ganhar e muito melhor de fazer. O homem que não souber disso não merece o chope que bebe. E não merece você.

*Jornalista, colunista da revista Nova

Alguém devia mandar esse texto pro tal bispo Edir Macedo... Quem sabe distribuí-lo pelas igrejas universais por aí? Eles ficam dando jornalzinho e panfletos pras pessoas na rua, porque não uma réplica?

(Pra quem não entendeu, este tal 'bispo' anda proibindo qualquer tipo de sexo que não seja assim:

"O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água corrente misturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso.Após isso, a Mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração.O homem após penetrar a mulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, pois a fêmea deve estar rezando aos Santos para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide .Depois do ato Sexual, os dois devem rezar, pedindo perdão pelo prazer proibido do Orgasmo.Como penitência... O açoite com vara de bambu é aceito em forma de purificação .").

terça-feira, 29 de julho de 2008

Edie Sedgwick



Porque ela tinha a mesma carência que eu.
E os memos impulsos.
Enfim...

Assistam: Factory girl

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Junk of the hearts

'Porque vale a pena viver?' 'Porque vale a pena morrer?' 'Todas essas perguntas têm apenas uma resposta. A mesma resposta. Amor.'
'Love is the many splendid thing. Love lifts us up where we belong. All you need is love!'
'Love is gonna save us!'
Eu costumava acreditar nisso. Acreditava piamente. Tinha fé. E sempre tentava amar com toda a intensidade. Depois sofria como se o mundo fosse acabar. Durava um dia. Às vezes dois. Incrível como passava depressa. Isso até amar de verdade. 'Dizem que quando você conhece o amor da sua vida o tempo pára.' E realmente parou. Alguns poucos segundos duraram bem mais ali naquela hora. Não foi nenhum conto de fadas. Bom, eu acreditava cegamente que sim. Até acabar. Não acabar o romance, o namoro. Acabar o amor. Não quebrei a bela idéia do conto de fadas por causa de todos os problemas ou sofrimentos, mas por este simples fato, ter acabado. E não acabou junto com o término. Foi acabando devagar até que minhas pernas não bambeavam mais nem o coração disparava.
Amei a primeira vez. Somente quem já amou de verdade sabe o quanto isso muda uma pessoa. Cresci dez anos em dez meses. E muito mais depois. Carrego comigo essa cicatriz. Essa pontinha de tristeza. Esse calo na alma. Amadurecer nunca me foi divertido. Nem mesmo a idéia. Mas é (e foi) inevitável.
Uso o verbo acreditar no pretérito; sim, meus amigos, por não acreditar mais. Não só por ter acabado, não só por ter amado e sofrido de novo, mas por não ter motivos nem forças para acreditar.
Tentei me forçar contra ele da segunda vez. Tentei tanto que consegui. Consegui não amar? Claro que não. Consegui perder. O amor, a batalha e tudo mais. Hoje carrego comigo um pesar. Como uma pedra que tenho que carregar sempre. E esconder por trás de sorrisos, caras e bocas. Parecer bem. Parecer feliz. Disfarçar com todas as válvulas de escape. É. E isso foi apenas um suspiro melancólico. Tudo vai ficar bem, não vai?

11/10/07

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vazio

Caminhando mais rápido que as próprias pernas,
Olhar fixo em alguém tocando bumbo ao longe,
Se enxergou como em um espelho;
E percebeu com um fino traço de tristeza
Que seu olhar havia ficado vazio.
Que as palavras ficaram escassas.
Que a música se esvaíra.
Conseguiu entender então, que estava perdendo sua mágica.
Era como se pudesse vê-la subindo ao céu junto à fumaça do cigarro.

domingo, 13 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

?

Não consigo saber o que é. Esse sentimento. Não sei ao menos se é um sentimento.
Apenas uma coisa.
Coisa essa que se parece com muita coisa, mas que não é nada.
É, sim, alguma coisa, mas não uma coisa conhecida.

Se parece um pouco com cansaço.
daquele moral
e também do físico.

Pode ser também mental.

Parece também, de leve,
com ressaca.

Daquelas, que se leva à base de café, água, e mais uma dose de cachaça.

Parece desistência.
De correr, de jogar, de tentar.

Parece uma coisa que vai passar daqui a pouco.
Ou amanhã.

E também parece aquelas coisas que duram um mês
uma semana

pra sempre...

Parece também com vontade.
Assim, bem de leve.

Vontade de correr, de pular, de morrer.

De matar.

Parece um enjoo, uma dor de estômago. Uma dor de cabeça.
Nojo.

Parece sujeira.
parece um jato d'água.

Um banho gelado.
daqueles que cortam a gente.

Parece que queima devagar.

Mas ainda assim, não é.
Uma coisa desagradável, sim. Isso é.

Porém não exatamente isso.

Uma coisa desconhecida. Parecida.
Será semi-conhecida?


terça-feira, 11 de março de 2008




Strugling not to cry, but I don't.

Feel like giving up

like many times before - this night -

But pride won't let me.


Sudden changes of humor

Hope comes and goes

as every new day comes by


And I'm fading away

waiting for a change in fate.


The window calls to me.

As magnetic as it is I won't go.

I was never brave enough.


I don't know if i'll ever be

Brave enough not to let go.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sadness and I

Suddenly Sadness comes knocking
on my bedroom door.
I don't wanna let her in,
but after a while I come out
and I take her for a ride.

I try to tell her I'm alright.
Try to convince her that I'm fine.
Try to show her I got control over my life.

Somehow I just give up.
As I come to realize
how much I need her being 'round
and how dependant she has me now.

Tired of making efforts on letting go,
I redo the bold.
I hold her hand
and we leave together
passing everybody by.

Sadness and I,
2 of a kind.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Um fogão à lenha
uma brasa queimando.
Nesse state of flow
eu continuo musicando.
Eu trago o mundo inteiro
right into my lungs.
Se é pra cair na decadência,
vou comcharme e elegância.
Decadance avec elegance.