'Porque vale a pena viver?' 'Porque vale a pena morrer?' 'Todas essas perguntas têm apenas uma resposta. A mesma resposta. Amor.'
'Love is the many splendid thing. Love lifts us up where we belong. All you need is love!'
'Love is gonna save us!'
Eu costumava acreditar nisso. Acreditava piamente. Tinha fé. E sempre tentava amar com toda a intensidade. Depois sofria como se o mundo fosse acabar. Durava um dia. Às vezes dois. Incrível como passava depressa. Isso até amar de verdade. 'Dizem que quando você conhece o amor da sua vida o tempo pára.' E realmente parou. Alguns poucos segundos duraram bem mais ali naquela hora. Não foi nenhum conto de fadas. Bom, eu acreditava cegamente que sim. Até acabar. Não acabar o romance, o namoro. Acabar o amor. Não quebrei a bela idéia do conto de fadas por causa de todos os problemas ou sofrimentos, mas por este simples fato, ter acabado. E não acabou junto com o término. Foi acabando devagar até que minhas pernas não bambeavam mais nem o coração disparava.
Amei a primeira vez. Somente quem já amou de verdade sabe o quanto isso muda uma pessoa. Cresci dez anos em dez meses. E muito mais depois. Carrego comigo essa cicatriz. Essa pontinha de tristeza. Esse calo na alma. Amadurecer nunca me foi divertido. Nem mesmo a idéia. Mas é (e foi) inevitável.
Uso o verbo acreditar no pretérito; sim, meus amigos, por não acreditar mais. Não só por ter acabado, não só por ter amado e sofrido de novo, mas por não ter motivos nem forças para acreditar.
Tentei me forçar contra ele da segunda vez. Tentei tanto que consegui. Consegui não amar? Claro que não. Consegui perder. O amor, a batalha e tudo mais. Hoje carrego comigo um pesar. Como uma pedra que tenho que carregar sempre. E esconder por trás de sorrisos, caras e bocas. Parecer bem. Parecer feliz. Disfarçar com todas as válvulas de escape. É. E isso foi apenas um suspiro melancólico. Tudo vai ficar bem, não vai?
11/10/07