quinta-feira, 17 de abril de 2008

Junk of the hearts

'Porque vale a pena viver?' 'Porque vale a pena morrer?' 'Todas essas perguntas têm apenas uma resposta. A mesma resposta. Amor.'
'Love is the many splendid thing. Love lifts us up where we belong. All you need is love!'
'Love is gonna save us!'
Eu costumava acreditar nisso. Acreditava piamente. Tinha fé. E sempre tentava amar com toda a intensidade. Depois sofria como se o mundo fosse acabar. Durava um dia. Às vezes dois. Incrível como passava depressa. Isso até amar de verdade. 'Dizem que quando você conhece o amor da sua vida o tempo pára.' E realmente parou. Alguns poucos segundos duraram bem mais ali naquela hora. Não foi nenhum conto de fadas. Bom, eu acreditava cegamente que sim. Até acabar. Não acabar o romance, o namoro. Acabar o amor. Não quebrei a bela idéia do conto de fadas por causa de todos os problemas ou sofrimentos, mas por este simples fato, ter acabado. E não acabou junto com o término. Foi acabando devagar até que minhas pernas não bambeavam mais nem o coração disparava.
Amei a primeira vez. Somente quem já amou de verdade sabe o quanto isso muda uma pessoa. Cresci dez anos em dez meses. E muito mais depois. Carrego comigo essa cicatriz. Essa pontinha de tristeza. Esse calo na alma. Amadurecer nunca me foi divertido. Nem mesmo a idéia. Mas é (e foi) inevitável.
Uso o verbo acreditar no pretérito; sim, meus amigos, por não acreditar mais. Não só por ter acabado, não só por ter amado e sofrido de novo, mas por não ter motivos nem forças para acreditar.
Tentei me forçar contra ele da segunda vez. Tentei tanto que consegui. Consegui não amar? Claro que não. Consegui perder. O amor, a batalha e tudo mais. Hoje carrego comigo um pesar. Como uma pedra que tenho que carregar sempre. E esconder por trás de sorrisos, caras e bocas. Parecer bem. Parecer feliz. Disfarçar com todas as válvulas de escape. É. E isso foi apenas um suspiro melancólico. Tudo vai ficar bem, não vai?

11/10/07

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vazio

Caminhando mais rápido que as próprias pernas,
Olhar fixo em alguém tocando bumbo ao longe,
Se enxergou como em um espelho;
E percebeu com um fino traço de tristeza
Que seu olhar havia ficado vazio.
Que as palavras ficaram escassas.
Que a música se esvaíra.
Conseguiu entender então, que estava perdendo sua mágica.
Era como se pudesse vê-la subindo ao céu junto à fumaça do cigarro.

domingo, 13 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

?

Não consigo saber o que é. Esse sentimento. Não sei ao menos se é um sentimento.
Apenas uma coisa.
Coisa essa que se parece com muita coisa, mas que não é nada.
É, sim, alguma coisa, mas não uma coisa conhecida.

Se parece um pouco com cansaço.
daquele moral
e também do físico.

Pode ser também mental.

Parece também, de leve,
com ressaca.

Daquelas, que se leva à base de café, água, e mais uma dose de cachaça.

Parece desistência.
De correr, de jogar, de tentar.

Parece uma coisa que vai passar daqui a pouco.
Ou amanhã.

E também parece aquelas coisas que duram um mês
uma semana

pra sempre...

Parece também com vontade.
Assim, bem de leve.

Vontade de correr, de pular, de morrer.

De matar.

Parece um enjoo, uma dor de estômago. Uma dor de cabeça.
Nojo.

Parece sujeira.
parece um jato d'água.

Um banho gelado.
daqueles que cortam a gente.

Parece que queima devagar.

Mas ainda assim, não é.
Uma coisa desagradável, sim. Isso é.

Porém não exatamente isso.

Uma coisa desconhecida. Parecida.
Será semi-conhecida?